Gosto de ler poesia e admiro os poetas que conseguem, com a sua sensibilidade, dar-me uma visão diferente das coisas rotineiras do nosso dia-a-dia.
Aconteceu com este poema da Graciete Bravo, que vou transcrever do seu livro "POEMAS" .
GOTA DE ORVALHO
Ao nascer aquele dia
No jardim, algo acontecia
Debrucei-me para ver
Havia un brilho risonho
Que eu queria entender.
Vi uma rosa orvalhada
Cheiro intenso, cor encarnada.
A gota de orvalho a brilhar
Dava uma beleza sem par
Àquela pétala aveludada
E abria-se num sorriso,
Sua cor vermelha, azulada.
Vento norte fê-la estremecer
Com medo da gota perder.
Grande luta interior travou
O vento norte amainou
Transformando-se em suão
Desfrutou aquela gota
Que acalmou sua paixão
Ficou mais intenso o seu odor
Mais brilhante e viva a sua cor.
Às vezes, muda o vento
E agita o seu sentimento
Fazendo-a sobressaltar
Linda!...aquela rosa vermelha
Que dá gosto contemplar
Na roseira do meu jardim
Exalando perfume sem fim.
4 comentários:
A imagem da flor de cor vibrante e o poema de palavras singelas são duas formas de arte muito bonitas.
Mas,senhora!
Quem não gosta de rosas vermelhas? Em especial quando estão com gotas de orvalho, mais belas se tornam. Nesta postagem verifica-se a simplicidade e o bom gosto bem como a sensibilidade de quem gosta do que é belo. João
querida amiga, deixei-te um miminho na minha cozinha.. beijos
Bonito, sim, Benó! Bem escolhido! Bom fim de semana, amiga.
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