A árvore, ninho e abrigo de seres alados, deixou que os
seus ramos crescessem por sobre aqueles grandes calhaus, que as suas folhas verdes e frescas os
acariciassem e por elas escorressem as lágrimas das noites tristes para os
olhos das frias pedras.
São três
pedras lisas, sem pontas nem bicos, irmãs concebidas pela mesma mãe natureza,
juntas mas não coladas.
Mas há uma
outra pedra, mais pequena, lisa, sem volume que parece protegida pelas duas
irmãs grandes e volumosas.
As pedras
também conversam e discutem e o outro grande calhau afastou-se deixando a protecção
da laje de formato diminuto aos cuidados das outras irmãs.
Coração de
pedra.
3 comentários:
Tão belo, Benó! Também eu fiquei há uns dias impressionada com umas pedras, cuja foto mandei para o nosso PpP "Com as palavras dentro do olhar".
Coincidência ou o apelo ancestral das coisas primordiais?
Abraço
Um belo texto construído a partir de uma lindíssima imagem!
Beijos,
Gostei muoto do texto e das fotos.
Aliás, aprecio muito pedras e madeira.
Um bom feriado desejo
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