sábado, 2 de maio de 2009

Maternidade


Maternidade
de Almada Negreiros


Todos sofremos
O mesmo ferro oculto
Nos rasga e nos estilhaça a carne exposta.
O mesmo sal nos queima os olhos vivos.
Em todos dorme
A humanidade que nos foi imposta.
Onde nos encontramos, divergimos.
É por sermos iguais que nos esquecemos
Que foi do mesmo sangue,
Que foi do mesmo ventre que surgimos.

Ary dos Santos


Para todos os filhos a quem as mães dedicam todos os dias, de mim, que sou sempre mãe sem necessidade de dias especiais.

2 comentários:

Judite Pitta disse...

Lindo o poema. Linda a imagem Lindissimo o comentário. Fico sem palavras perante tanta inspiração!

Graça Pires disse...

Um poema do Ary. Uma pintura do Almada. Que bela dedicatória para as mães. Um beijo.