Foi longa a espera!
Meses, dias intermináveis, horas infinitas!
Precisava que me abraçasses, me envolvesses, me chegasses ao coração.
Sentir-te dos pés à cabeça!
E tu tardavas em chegar...
Tinha necessidade de te sentir, de me passear na tua companhia, de ouvir-te cantar.
Queria ver-te correr pela rua, na praia, no mar, pelas bermas da estrada.
Mas, eis enfim que chegaste, ainda um pouco medrosa, é certo, mas clara, transparente e vens só… desta vez.
De mansinho, suavemente, deixo que me invadas, que as minhas faces recebam o teu carinho feito de pequenas pérolas que a minha boca àvidamente acolhe.
Gota a gota saboreio-te.
Estremeço. Arrefeço e aqueço.
O meu corpo molhado é teu por alguns momentos.
Sinto-me reviver enquanto deslizas pelos meus cabelos como um ribeiro sobre os seixos do seu caminho.
Foi uma visita breve, eu sei, mas senti-te. Encheste as minhas mãos. Saboreei-te.
Pressinto que te vais embora de novo, mas encheste-me de alegria e, essa ausência, já não será tão longa, certamente.
Poderás chegar mais forte, talvez acompanhada com luz e barulho mas, sempre me encontrarás à tua espera, com os olhos cheios de ti.
Por agora, eu digo com as flores:
SÊ BEM VINDA CHUVA DE OUTONO!!!!
12 comentários:
Um texto muito bonito. Parabéns.
Um abraço
Benó, que saudade!
Como é gostoso te encontrar nesse final de tarde...Tudo lindo por aqui!Bjs
É verdade! Já todos tínhamos saudades.
Bjs
Excelente poema ao Outono com suas chuvas purificadoras...
Um beijo Amiga Benó.
Chuva de outono é um fenômeno maravilhoso da natureza, me amarro demais!
Benó, seu espaço é lindo e que Deus o conserve!!!Bjssss
O cheirinho a terra molhada.... hummmm... que maraviha :)
Muito bonito este texto :)
Beijooo
Até já!**
Joana Moça
Passei para deixar um abraço e desejar um bom fim de semana.
A chuva de outono é tão benfazeja como o sol de outono. As lágrimas caídas do firmamento são como raios de luz. As terras ressequidas agradecem, no entanto o sol vai fertilizá-la, dando lugar a lindos prados e belas pastagens. É certo que muitas das vezes causam bastantes prejuízos, mas a maior parte deles são motivados pela incompetência do ser humano. O seu texto veio mesmo na hora H. Bem me lembro do Arquitecto Ribeiro Teles quando das inundações em Lisboa, estamos a tapar tudo o que é terreno e esquecêmo-nos dos escoamentos.
Para a eterna mulher romântica de todas as estações do ano uma palavra de admiração
Por isso, pelo mérito e amizade tomo a liberdade de repassar o “SELO PRÉMIO DARDOS” e convidar-te a continuar a caminhada.
Para mais pormenores visita a página BARLAVENTO
À querida Benó eu ofereço o Prémio Dardos que ela merece como ninguém.
Para mais pormenores visita a página BARLAVENTO
Como uma flor aberta, o teu hino à chuva de Outono. Que nos ajuda a passear até à nova estação.
Fresca e lavada!
Benó
Mesmo atrasada (por falta de tempo) ´não quero deixar de lhe dizer que este texto é lindo e me reflecte pelo prazer que tenho em andar à chuva, em sentir a chuva, em gostar do Outono.
Beijos
Ana
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