A febre subira e os delírios começaram.
Toalhas molhadas na testa para que aquela maldita temperatura não queimasse os miolos embora estivessem bem resguardados naquela cabeça dura, era a mezinha aplicada.
Horas a fio naquele tormento de põe e tira os panos gelados.
Que chatice aquele estado pré-gripal que o punha meio sonso e sem forças para sair da cama.
Precisava tanto de se levantar! Queria estar apresentável e mostrar à avó que afinal valera a pena ter confiado nele.
Mas a febre teimava em não o largar..
Talvez um chá bem quente com uma colher de mel e um cálice de aguardente dentro fosse o remédio indicado.
Mas não!
O álcool, esse inimigo que o derrubara mais que a febre estava proibido sob qualquer pretexto.
Era preciso mostrar à avó que valera a pena o sacrifício das saudades e que a fé dela tinha sido importante para vencer aquele monstro que tanto o tinha castigado.
Tinha sido longo o caminho para o vencer mas, agora, já liberto, sentia-se renascer, viver de novo e até arranjara uma amiga que lhe mostrou caminhos diferentes daqueles que até ali ele trilhara.
Ah! Se a febre desaparecesse!!!!
Estaria a sonhar?
A mão calejada daquela que o vira nascer, aquela mesma mão que o sabia castigar mas que também sabia afagar-lhe os caracóis que ainda conservava estava a pôr-lhe mais uma compressa gelada e a dizer-lhe, como sempre o fazia quando a cama o retinha para além do que ela considerava normal: Levanta-te que o Menino Jesus esteve por cá.
Não era preciso ser Natal para receber um rebuçado, uma moeda preta ou um pratinho de arroz doce. Bastava que a avó quisesse, e, ali estava ela para mais uma vez fazer o Natal acontecer mesmo num qualquer dia do ano.
Toalhas molhadas na testa para que aquela maldita temperatura não queimasse os miolos embora estivessem bem resguardados naquela cabeça dura, era a mezinha aplicada.
Horas a fio naquele tormento de põe e tira os panos gelados.
Que chatice aquele estado pré-gripal que o punha meio sonso e sem forças para sair da cama.
Precisava tanto de se levantar! Queria estar apresentável e mostrar à avó que afinal valera a pena ter confiado nele.
Mas a febre teimava em não o largar..
Talvez um chá bem quente com uma colher de mel e um cálice de aguardente dentro fosse o remédio indicado.
Mas não!
O álcool, esse inimigo que o derrubara mais que a febre estava proibido sob qualquer pretexto.
Era preciso mostrar à avó que valera a pena o sacrifício das saudades e que a fé dela tinha sido importante para vencer aquele monstro que tanto o tinha castigado.
Tinha sido longo o caminho para o vencer mas, agora, já liberto, sentia-se renascer, viver de novo e até arranjara uma amiga que lhe mostrou caminhos diferentes daqueles que até ali ele trilhara.
Ah! Se a febre desaparecesse!!!!
Estaria a sonhar?
A mão calejada daquela que o vira nascer, aquela mesma mão que o sabia castigar mas que também sabia afagar-lhe os caracóis que ainda conservava estava a pôr-lhe mais uma compressa gelada e a dizer-lhe, como sempre o fazia quando a cama o retinha para além do que ela considerava normal: Levanta-te que o Menino Jesus esteve por cá.
Não era preciso ser Natal para receber um rebuçado, uma moeda preta ou um pratinho de arroz doce. Bastava que a avó quisesse, e, ali estava ela para mais uma vez fazer o Natal acontecer mesmo num qualquer dia do ano.
Para todos os que me leram neste ano que acaba, os meus desejos de que continuem a acompanhar-me com os vossos sinceros comentários.
10 comentários:
Querida Benó, olá!
Deixo-lhe um grande abraço e desejo-lhe um 2010 especial e particularmente feliz!
Maria Lemos
Feliz 2010, minha amiga; que, nele, o Natal aconteça em todos os dias do ano! :)
Felizes sejam todos os dias, estava presa ao texto.Mão de avó ou de mãe tem essa magia. Lugar encantado, voltarei aqui sempre que possivel e a porta esteja aberta.Ao partir levo no coração mais um amigo/a, e levo a certeza de que juntos poderiamos derrubar todas as barreiras e fronteiraz .Paz ~e amor neste novo ano que se apresenta vestido de sol.Beijinho, Ell
Que sensível história de Natal e de avós/netos, Benó! És tu inteira:)))
Um BOM ANO NOVO, que seja realmente novo!
Feliz Ano Novo , Benó!
Um grande abraço,
Maria Lemos
Feliz 2010, e aqui tão perto estamos nós.
Assim atrevo-me a pedir-lhe ajuda para dar-me ideias para eu construir um blogue que divulgue coisas interessantes do nosso concelho. Pode ser?
Beijinho
QUERIDA BENÓ, ADOREI A TUA VISITA... DESEJO-TE MUITAS FELICIDADES NESTE 2010.... UMA BOA SEMANA... ABRAÇOS DE AMIZADE,
FERNANDINHA
Benó,
Estive neste teu blogue, li este post e deslizei o texto pelos seguintes... "preenchi" um pedacinho do meu coração... como gostei!
Obrigado, um beijo
Um texto muito comovente, amiga Benó.
Um bom ano para si.
Beijos.
E a febre cedeu aos cuidados da avó estremada e o menino voltou a correr e a saltar e a ser feliz por inteiro.
Votos de um bom Ano!
beijos.
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