sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Aconteceu, aqui.


A sala ainda se encontrava vazia, naquela hora em que não é de manhã mas, também, ainda não é de tarde.
As mesas esperavam os comensais para a refeição do almoço.
O sol, a medo, entrava pelas janelas abertas e brincava com alguma distração com os talheres, junto aos pratos, ao mesmo tempo que coloria as aguarelas duma artista local, expostas, aleatòriamente, pelas paredes.
As nossas bocas entretinham-se abrindo e fechando numa morna tagarelice enquanto não chegava algo para mastigar.
Repentinamente, a frase do dia e que me saudara ao acordar, através duma destas atuais tecnologias, ouvi-a, ali mesmo, na minha frente, sem eu esperar, pronunciada a três vozes. Os meus olhos abriram-se de espanto, um oceano encheu-os e transbordou das margens; a boca abriu e assim ficou, mas os lábios logo se afundaram em beijos, nas faces do trio que acabar de chegar, enquanto os meus braços os apertavam fortemente, para o coração não saltar do peito.
O sol deixou de brincar e corou; a sala cresceu, ilminou-se e encheu-se com os acordes dos vossos sorrisos. O meu espanto deu lugar ao momento mais feliz daquele dia.
Era o dia do meu aniversário e a minha princesa e os seus infantes quiseram surpreender-me .

3 comentários:

Justine disse...

Que bem descreves esse momento feliz, num crescendo de emoção e alegria! Muitos parabéns, Benó:-)

Maré Viva disse...

Momento único, para recordar sempre.
Beijos.

Elvira Carvalho disse...

E há melhor maneira de festejar o aniversário?
Que continue a sentir essa emoção por muitos anos.
Um abraço e bom fim de semana