quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Incerteza






Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que

Ainda te quero como sempre quis.

Tenho certeza que

Nada foi em vão.

Sinto dentro de mim que

Você não significa nada.

Não poderia dizer jamais que

Alimento um grande amor.

Sinto cada vez mais que

Já te esqueci!

E jamais usarei a frase

EU TE AMO!

Sinto, mas tenho que dizer a verdade

É tarde demais...

Este poema, que tanto pode ser lido do príncipio para o fim como do fim para o príncipio ficando com sentidos antagónicos, é atribuído a Drummond de Andrade, mas também já li que poderá ser de Cecília Meireles.

Fiquei na dúvida e por isso não lhe atribuo nenhuma autoria.
Aqui fica só pela graça.

7 comentários:

Maré Viva disse...

Seja quem for o autor, Drumond ou Cecília... o poema está feito com arte, pelas hipóteses de leitura verdadeiramente antagónicas que nos oferece.

Bom fim de semana, com beijinhos.

Justine disse...

E assim se brinca seriamente com as palavras! Não conhecia, fiquei encantada:))

PURO AMIGO disse...

Olá. Bom dia
Não sei de quem é mas tenho a sensação de já ter lido algo parecido.
Mas boa escolha para postar.
Comprimentos
Miguel

Elvira Carvalho disse...

Não conhecia o poema e conheço muito das Cecília e do Drummond, já que gosto muito dos dois. Mas seja quem for o autou eu gostei do poema.
Um abraço e bom fim de semana

Graça Pires disse...

Um belo poema, amiga Benó.
Um beijo.

O Árabe disse...

Muito legal, sim... qualquer que seja a autoria! :) Boa semana, amiga.

Ana Oliveira disse...

Benó

Muito interessante...desconhecia o poema e o género!

Vim para lhe agradecer a visita e dizer-lhe que tem, no meu blog, um selo para este blog que tanto aprecio e também um desafio que me pareceu que talvez gostasse.

Beijos

Ana